A adolescente Amanda Tamyres Soares da Silva, 15 anos, morta no dia 22 de novembro de 2021, foi executada pelo próprio companheiro que fazia o uso de drogas com ela. É o que conclui a equipe de investigação da Delegacia de Polícia de Simplício Mendes, comandada pela Delegada Francineide Fontes.
As investigações apontam após laudos, testemunhas e análise do celular da vítima, que o homem identificado pelas iniciais J.F.N dos S. foi quem matou Amanda Tamyres por causa de um vídeo e ciúmes.
O inquérito aponta que J.F.N dos S. não gostou de um vídeo gravando por Amanda, onde mostra ele preparando a droga e a mesma envia a outro homem que ela mantivera contato na noite do fato.
As investigações apontam ainda que J.F.N dos S. mantinha Amanda com drogas e em troca tinha relações sexuais com a mesma, regado a ciúmes. A adolescente namorava um outro homem, mas conversava com outras pessoas, sendo o mais frequente o que ela enviou o vídeo, e toda vez que ela não estava bem com o homem com quem namorava, procurava o acusado, que não queria ser visto com a vítima.
Veja no diálogo incorporado ao inquérito:
Desta forma as investigações apontam que o acusado e Amanda estavam fazendo uso de bastante cocaína, num quarto com colchão e mesmo assim esta se manteve falando ao celular com outros homens, sendo por último o que a mesma enviou o vídeo, o que provocou a fúria do então fornecedor das drogas para ela e que em troca esperava fazerem sexo.
Por não alcançar o seu intento (já que pelo laudo foi possível analisar que não havia sêmen em suas partes íntimas) e por ciúmes, J.F.N dos S. ceifou a vida de Amanda Tamyres.
A investigação ainda concluiu que Amanda teria sido vítima de estupro de vulnerável, já que o próprio investigado e depoimentos testemunhais afirmam que J.F.N dos S. iniciou relacionamento amoroso com ela quando só tinha apenas 13 anos de idade.
A casa onde o acusado e a vítima consumiam as drogas era de uma terceira pessoa, identificada como C.S de S.P. Ela foi indiciada por tráfico de drogas. Já J.F.N dos S. vai responder por feminicído, tráfico de drogas e estupro de vulnerável. O homem no qual ela morava foi incluído como testemunha no inquérito.
"Contentados estão os pressupostos fáticos e legais, razão pela qual se faz a remessa do inquérito policial para a justiça e aguarda o cumprimento do itinerário da resposta penal e processual do Estado", descreve a delegada Francineide Fontes na conclusão do Inquérito Policial.
FONTE: OEIRAS EM FOCO
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